Comunicado do Setor Empresarial por desenvolvimento sustentável
A Makemake aderiu ao Comunicado do Setor Empresarial Brasileiro enviado aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que pede ao governo brasileiro tolerância zero contra o desmatamento ilegal e afirma não precisar haver contradição entre desenvolvimento econômico e preservação de nossos biomas e ecossistemas. Participam da iniciativa players internacionais como Ambev, Natura, Microsoft, Michelin, Itaú, Nestlé, Shell e Vale.
“Assinei o comunicado com muito orgulho de fazer parte desta iniciativa porque acredito que não há outro caminho para o país e as empresas que aqui operam se manterem competitivas em escala global que não seja o de uma perspectiva de produção inclusiva e sustentável. Nós, brasileiros, merecemos um futuro sustentável e na Makemake fazemos tudo o que está ao nosso alcance para construí-lo”, afirmou Tatiana Maia Lins, fundadora e CEO da Makemake.
O documento possui versões em português, inglês e francês.
COMUNICADO DO SETOR EMPRESARIAL BRASILEIRO
“Neste momento, em que enfrentamos uma situação extrema, extraordinária e excepcional, é muito importante manter a serenidade e o equilíbrio para que possamos superar e sair fortalecidos dos desafios que se apresentam. Em nenhum momento da história o futuro da humanidade e do planeta dependeu tanto da nossa capacidade de entendimento de que vivemos em um único planeta e de que a nossa sobrevivência está diretamente ligada à preservação e valorização dos seus recursos naturais.
Os impactos sociais e econômicos causados em escala global e de forma inédita pela pandemia da COVID-19 nos advertem que a consumação de riscos associados à quebra do equilíbrio ecossistêmico traz consequências devastadoras quando negligenciados, tal como vem ocorrendo com o risco climático apontado pelo Fórum Econômico Mundial ano após ano, desde 2012. Cientes disso, o setor empresarial brasileiro, por meio de instituições e empresas dos setores industrial, agrícola e de serviços, vêm hoje reafirmar seu compromisso público com a agenda do desenvolvimento sustentável.
Particularmente, esse grupo acompanha com maior atenção e preocupação o impacto nos negócios da atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia. Essa percepção negativa tem um enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país.
Nesse contexto, esse grupo coloca-se à disposição do Conselho da Amazônia para contribuir com soluções que tenham foco nos seguintes eixos:
• Combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal na Amazônia e demais biomas brasileiros;
• Inclusão social e econômica de comunidades locais para garantir a preservação das florestas;
• Minimização do impacto ambiental no uso dos recursos naturais, buscando eficiência e produtividade nas atividades econômicas daí derivadas;
• Valorização e preservação da biodiversidade como parte integral das estratégias empresariais;
• Adoção de mecanismos de negociação de créditos de carbono;
• Direcionamento de financiamentos e investimentos para uma economia circular e de baixo carbono; e
• Pacotes de incentivos para a recuperação econômica dos efeitos da pandemia da COVID-19 condicionada a uma economia circular e de baixo carbono.
Algumas das empresas signatárias já desenvolvem soluções de negócios que partem da bioeconomia, com valor agregado e rastreabilidade dos produtos, inclusive, na Amazônia. De um lado, entendemos que é possível dar escala às boas práticas a partir de políticas consistentes de fomento à agenda ambiental, social e de governança. De outro, é necessário adotar rigorosa fiscalização de irregularidades e crimes ambientais na Amazônia e demais biomas brasileiros.
Temos a oportunidade única, os recursos e o conhecimento para dar escala às boas práticas e, mais do que isso, planejar estrategicamente o futuro sustentável do Brasil. Precisamos fazer as escolhas certas agora e começar a redirecionar os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono, e inclusiva, em que não há controvérsias entre produzir e preservar. Em nosso entendimento, esse é o melhor caminho para fincarmos os alicerces do país para as próximas gerações. Caso contrário, corremos o risco de ficarmos à margem da nossa própria história.”