Luiza Trajano: As pessoas passam, mas o legado da empresa permanece
Eu vinha pensando muito sobre reputação de marca e líderes em razão dos acontecimentos das últimas semanas e, por coincidência, fui citada em um levantamento da Merco – uma consultoria espanhola – que me colocou em segundo lugar entre os 100 líderes de negócios com melhor reputação no Brasil, divulgado pela Revista Exame.
Sempre aprendi que o mais importante é a instituição. As pessoas passam, mas a empresa e sua geração de empregos permanecem. Pessoas passam, mas seu legado de contribuição para a sociedade e o Brasil permanece.
Por isso, sempre me preocupei com a busca constante de valores, tanto pessoais como para a empresa e atitudes que demonstrassem coerência com o que pensamos, especialmente a ética.
Não existe 99% de ética, somente ética integral, a qual nos exige uma vigilância, é como andar em uma corda bamba, necessita atenção total.
Outro aspecto no mundo empresarial, do qual sempre tive convicção, é que o negócio (seja ele qual for) tem que ser bom para todas as partes, e criei a expressão que passei a utilizar na empresa desde a década de 90: ganha-ganha. Essa relação tem que ser com colaboradores, fornecedores e todos os públicos com os quais a empresa se relacione.
O Brasil está passando por um período de transformações, com carência de líderes éticos. Mas temos, conheço muitos em todo o país. Precisamos do engajamento dessas pessoas de bem, tenho certeza de que com a união de nossos líderes éticos teremos condições de reverter a imagem do Brasil no mundo.
* Luiza Helena Trajano é Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza