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O efeito Donald Trump

Resultado da eleição presidencial americana faz site de imigração para o Canadá cair pela alta quantidade de acessos e gera protestos em vários países. Mas há quem defenda que o novo presidente será positivo para a imagem dos Estados Unidos

O mundo recebeu com surpresa a notícia de que Donald Trump havia sido eleito o 45º presidente dos Estados Unidos no último dia 9 de novembro.

Politicamente falando, Trump não é dos mais fiéis: foi democrata até 1987 e, em seguida, republicano (1987-1999), membro do partido da Reforma (1999-2001), democrata (2001-2009), e republicano novamente. Durante a sua carreira foi alvo de dezenas de processos civis relacionados aos seus negócios. E já foi considerado até o CEO de pior reputação no mundo – em um estudo conduzido pela Reputation Management Consultants (RMC) em 2014, em contraste com Tony Hsieh (Zappos), tido como o CEO de melhor reputação, Richard Branson (Virgin), em segundo lugar e Mark Zuckerberg (Facebook) em terceiro.

Com uma campanha agressiva, protecionista e cheia de boatos, Trump colecionou desafetos, sendo eleito com a menor aprovação popular da história, apenas 40% da população, contra os 84% de aprovação popular que Obama tinha quando se elegeu pela primeira vez e os 61% de George Bush. Uma pesquisa da CNN mostrou que os americanos estão divididos quando perguntados se Donald Trump será um presidente bom ou ruim para os Estados Unidos, com 48% de cada lado. Apesar da controversa internacional, há especialistas americanos em branding de países que acreditam que Trump pode ter um efeito positivo para a reputação dos EUA.

Em matéria publicada pela Folha de São Paulo (Apesar dos clichês, Trump pode renovar a ‘marca EUA’, dizem pesquisadores,19/11/2016, assinada por Daniel Buarque), o economista Jeremy Hildreth afirmou que “Trump vai ser a maior renovação da marca dos EUA em décadas. Sua presidência vai impulsionar tremendamente a posição do país no mundo”. Isso porque, para ele, com Trump, “os EUA vão reforçar alguns dos seus estereótipos internacionais, já que as pessoas do mundo vão ver é a “versão do país que elas gostam e respeitam: um país forte com um toque de jeito de caubói e presença de palco de uma estrela de cinema, mas que também é benigna cooperativa e não manipuladora em assuntos internacionais”.

A Revista da Reputação concorda que Trump reforça estereótipos, só não sabemos se estes aspectos são tão positivos assim.