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OCI cria Índice de Transparência Ativa

Observatório da Comunicação Institucional lança métrica para auditar a transparência dos negócios. Duas empresas já estão aplicando a metodologia

As palavras inovação, transparência e ‘compliance’ permeiam todos os discursos que ouvimos atualmente. Das bocas de presidentes da república e de dirigentes esportivos. Do industrial, do sindicalista

ou do líder de uma ONG. Do Papa aos ‘paparazzi’, passando pelos partidos políticos brasileiros que, aliás, o OCI, em estudo de 2014, demonstrou que não se comunicam bem com a cidadania e não se distinguem uns dos outros perante o eleitorado. Temo, porém, que muitos desses personagens simplesmente mintam, omitam ou tergiversem nas questões que envolvem inovação, transparência e ‘compliance’.

O Observatório da Comunicação Institucional (OCI) acaba de lançar uma nova métrica capaz de aferir a transparência nos negócios – um Índice de Transparência Ativa obtido a partir de um serviço de Auditoria Funcional da Comunicação. E por que esse atributo ‘ativa’ no nome do indicador? Porque não mais é

sustentável a situação atual, em que gestores – políticos ou empresariais – passam ao cidadão ou ao consumidor a tarefa de buscar as informações que lhes interessam, quedando-se numa postura passiva, que é justamente o que a proposta do OCI vem combater, colocando na mão das organizações uma ferramenta de ‘delivery’ de informação – ‘uma transparência ativa’.

Trata-se de uma inovação com base científica que vinha sendo desenvolvida desde 2013. Um algoritmo ‘5R INDEX’ estabelece um ‘score’ de transparência a partir de um exame – dentro de casa, no chão da fábrica, nos pontos-de-venda, e junto à opinião pública – composto de 210 quesitos. Trata-se, o indicador, de uma ponderação algorítmica das pontuações recebidas em 5 instâncias de exame e verificação: Reconhecimento social, Relacionamento com públicos-chave, Relevância no segmento de atuação, Reputação administrada, e Resiliência institucional.

Aplicada por experts – já há duas empresas credenciadas, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro – a

nova auditoria pode levar a uma certificação de ‘organização transparente’ (se o ‘score’ final do exame estiver entre 90 e 100 pontos) ou a um relatório que faz recomendações de melhoria, aderentes às melhores práticas de comunicação organizacional em vigor.

* Manoel Marcondes Neto é Relações-públicas, professor da UERJ, pós-doutor em Cultura pela UFF e presidente do Observatório da Comunicação Institucional (OCI).